
A habilidade de enfrentar os desafios da existência é frequentemente associada à coragem. Nos tempos contemporâneos, onde o sucesso é visto como um indicativo de nossas ações, é admirável possuir essa qualidade. Somos recompensados com elogios, prêmios e bajulações.
No entanto, muitas vezes, essas demonstrações não passam de meras palavras vazias, criadas para inflar o ego tanto do destinatário quanto de seus seguidores. Ser corajoso não se limita apenas à força física; muitas vezes, a verdadeira coragem reside na astúcia mental.
Em certos momentos, é vantajoso recuar para aprimorar táticas inovadoras e aprofundar habilidades, como sugerido por Castañeda em suas obras. Isso não implica em um afastamento total, mas sim em descobrir novas formas de contribuir para o sucesso e alcançar metas, sejam elas individuais ou coletivas.
Recriar-se, finalizar capítulos e começar de novo são características daqueles que enxergam a existência como uma jornada temporal. Deixar o passado para trás não é esquecê-lo, mas sim armazená-lo em sua própria cronologia, para ser explorado pelos curiosos ou por aqueles que entendem sua relevância na compreensão do presente.
A vida, em sua beleza cíclica, não aprisiona os audaciosos e autênticos em suas ações. Eles não se deixam abalar pelo que os outros pensam, pois, afinal, são apenas pensamentos alheios.
Seu legado é o alicerce que os mantém firmes, permitindo que a jornada continue rumo a novos horizontes, onde o jardim pode ser diferente, mas as flores exalam a liberdade que o corajoso busca para avançar.
Demonstração de coragem pode significar o silêncio sábio diante de provocações, permanecer sereno mesmo diante de palavras ofensivas. Isso desgasta o adversário, que não encontra o embate físico desejado, mas sim uma intelectualidade inabalável.
A coragem dos tolos, às vezes, precisa ser confrontada com indiferença. Devolver aos que se intitulam mentores, baseados apenas na força. A força pode mover montanhas, mas apenas no sentido figurado.
Devemos encarar destemidamente a maldade oculta sob o disfarce da nobreza, enxergando além das ações vazias daqueles que veem o bem coletivo como propriedade exclusiva.
Por vezes, nos deparamos com indivíduos que acreditam possuir um poder hipnótico sobre parte da sociedade, que infelizmente se deixa envolver por essas ilusões, resultando em conflitos com aqueles que lhes são próximos.
Essas pessoas são manipuladas por mentirosos interesseiros, que se autodenominam salvadores. Mas, não se enganem, sempre haverá mentes astutas capazes de enxergar além desse véu manipulador e refutar essas falácias com sagacidade.
No entanto, precisamos ter coragem suficiente para debater com lógica e respeito, buscando superar discursos manipuladores repletos de meias verdades, que são utilizados para enganar aqueles que se consideram especialistas, mas que se baseiam apenas em suposições.
Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/
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