Silêncio no parquinho
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- há 4 dias
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Era um dia como outro qualquer na tranquila cidade de Blumelândia. O sol brilhava alto, as risadas infantis ecoavam pelo parquinho, e o barulho dos balanços se misturava ao canto dos passarinhos. Nove amigos brincavam sem pressa, inventando jogos e correndo até ficarem exaustos.
Entre eles, João e Marcos decidiram descansar nos escorregadores. Deitaram-se ali, rindo e conversando sobre nada e sobre tudo, aproveitando o fim da tarde.
Foi então que um homem apareceu. Seu olhar estava impaciente, e a voz, tensa: — Meninos, vocês podem sair do escorregador? Meu filho quer brincar!
João ouviu o pedido e logo se levantou. Mas Marcos, distraído e cansado, não percebeu. O homem, cada vez mais irritado, aproximou-se e, em um gesto impulsivo e descontrolado, deu um chute na cabeça de Marcos, perto da orelha.
Neste momento, o parquinho inteiro emudeceu. O riso das crianças cessou, o vento pareceu parar, e o tempo congelou por alguns segundos. Todos ficaram em choque diante da cena.
Os amigos correram para contar ao pai de Marcos o que havia acontecido. Minutos depois, a tensão tomou o ar: discussões, olhares duros, vozes elevadas. Até que, entre uma fala e outra, veio a surpresa, o homem e o pai de Marcos eram amigos de longa data.
Houve um silêncio constrangido, seguido de um pedido de desculpas e muitas explicações. Aos poucos, o clima se acalmou, e o parquinho voltou a encher-se de risadas, ainda que mais tímidas do que antes.
Aquele dia terminou com uma lição que todos levaram consigo: às vezes, a pressa e a raiva nos fazem perder a razão, e só o diálogo é capaz de devolver a paz.
Bruno de Conto, Mário Pellegrini, Raul Girardi e Miguel Lando, alunos do 9º ano do CE Padre Anchieta – SLF (PR). Sob orientação da Professora Clediane A. Wronski



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