Francisco Caminhava Descalço para Não Ferir a Terra
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Respeito, leveza e consciência ecológica
Francisco caminhava descalço não por excentricidade,mas por reverência.
Seus pés tocavam a terra como quem toca algo sagrado.Não havia pressa.Não havia domínio.Havia cuidado.
Para ele, a criação não era um recurso a ser explorado, mas uma irmã a ser respeitada. Caminhar descalço era um gesto simples, quase invisível — e exatamente por isso profundamente revolucionário.
Enquanto o mundo avança com passos pesados, Francisco nos recorda que nem todo progresso é avanço.
Há caminhos que exigem leveza.
Há solos que pedem escuta antes do toque.
Descalçar-se é um ato interior antes de ser exterior.
É renunciar à lógica da posse.
É reconhecer limites.
É admitir que a terra não nos pertence.
Francisco intuía algo que hoje a ecologia confirma: ferimos a terra porque caminhamos sobre ela sem consciência. Não percebemos o impacto dos nossos hábitos, das nossas escolhas, do nosso consumo.
Ele caminhava devagar.E por isso enxergava mais.
Cada pedra, cada inseto, cada folha caída fazia parte da mesma casa comum. Nada era descartável. Nada era insignificante.
Talvez o maior ensinamento de Francisco não esteja em grandes discursos ecológicos, mas nesse gesto silencioso: andar sem ferir.
Num tempo marcado por exploração, excesso e descarte, o franciscanismo se revela atual como nunca. Não como nostalgia, mas como urgência.
Cuidar da terra não começa em políticas globais — começa no modo como pisamos o chão da nossa própria vida. No respeito ao corpo.
Ao tempo.
Ao outro.
À criação.
Francisco não queria salvar o planeta.Queria pertencer a ele.
E talvez seja isso que ainda nos falta: aprender a caminhar como quem sabe que está de passagem, deixando apenas pegadas leves — e nunca feridas.
✨ Como tenho caminhado sobre a terra — e sobre a vida dos outros?




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