
A busca incansável e aparentemente interminável pela luta em torno do ter frequentemente nos transforma em seres impensantes e irreflexivos acerca de nossa existência e qualidade de vida que levamos. Raramente dedicamos tempo à leitura, uma ferramenta essencial para compreendermos o contexto em que estamos inseridos e para ampliarmos nossa visão de mundo.
Mergulhados na correria da rotina diária, afundados nos afazeres, obrigações e pressões sociais, vivemos um dia após o outro em um estado de automatismo, como se fôssemos imortais. Esquecemo-nos, com frequência da beleza da vida, daquilo que realmente importa. A vida, que nem sempre valorizamos como deveríamos, passa sem que paremos para agradecer ou para reconhecer sua grandiosidade. Nesse cenário, é possível afirmar que estamos apenas existindo: cumprindo tarefas, sobrevivendo, todavia, sem verdadeiramente experimentar a plenitude que a existência pode oferecer.
Outrossim, viver exige consciência, presença, propósito e conexão. É imprescindível estar presente em cada momento, desfrutando e apreciando as pequenas alegrias, enfrentando os desafios com resiliência e buscando verdadeiros significados. Sendo assim, viver é cultivar relacionamentos autênticos e saudáveis, aprender continuamente e contribuir com o mundo ao nosso redor. Ademais, deve envolver o desenvolvimento emocional, intelectual e espiritual, em um processo contínuo de crescimento.
É fundamental ressaltar que há diferença entre viver e existir. Posto que, existir é estar no mundo; e viver é fazer parte dele de maneira ativa e significativa, questionando, sonhando, arriscando e, acima de tudo, sentindo, aprendendo, e evoluindo constantemente. Estamos dispostos a nos libertar das amarras do cotidiano, da passividade e buscar uma existência mais rica, reflexiva e cheia de sentido? Ou permaneceremos como meros sobreviventes, deixando que os dias passem sem que realmente os tenhamos vivido?
Clediane A. Wronski – Professora e Escritora do Blog Caminhando com Francisco.
Linda reflexão!