Versos da Vila do Povo Feliz (memória viva das famílias e seus caminhos)
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Na Vila, onde a esperança
se plantou junto ao arado,
cada passo foi marcado
com suor, fé e confiança.
O tempo deixou lembrança
de lutas, festa e união,
de amigos de coração
que na querência ficaram,
e entre os que mais se destacaram
Maciel, Schoer e Senger dão.
Darci, gaúcho de estirpe,
com Líria firme ao seu lado,
na dança, no passo marcado,
fizeram da vida um clipe.
E o povo, atento ao declive,
soube erguer com devoção
CTG, fé e paixão,
no futebol, nas jornadas,
nas festas bem animadas,
raízes da tradição.
Na oficina se escutava
martelo, chave, motor,
mas também riso e calor
que a amizade alimentava.
Cada história registrava
o suor do trabalhar,
e quem sabe até sonhar
com futuro mais feliz,
pois a vida sempre diz:
quem constrói sabe ficar.
Schoer trouxe a valentia
dos mestres de mecânica,
Senger a força orgânica
da família e da harmonia.
A Vila, cheia de alegria,
soube crescer com seus dons,
eram todos como irmãos
na lida e na devoção,
erguendo com união
as bases dos corações.
E hoje, ao contar a história,
não se trata só de um nome:
é o povo que se consome
na chama viva da memória.
Cada vida é uma vitória,
cada gesto é tradição,
e a Vila em sua extensão
guarda a marca de quem fez,
pra que nunca se desfaça
a raiz do coração.
✨ Homenagem especial a esse casal que ainda faz história nessa querência, em ritmo de pajada ao estilo de Jaime Caetano Braum. ✨
Pajada da Vila do Povo Feliz (em honra a Darci e Liria Maciel)
No pago que a vida chama,
onde a querência floresce,
a história nunca se esquece
do povo que ali se aclama.
Na Vila, o tempo derrama
lembrança, suor e raiz,
e é bem ali que se diz:
com orgulho e tradição,
Darci foi braço e razão,
Líria — alma e cicatriz.
Gaúcho de lida inteira,
de bugreada e chão batido,
Darci deixou bem erguido
o marco da sua esteira.
No campo, na vida campeira,
foi mecânico e vereador,
um vivente batalhador,
que da oficina fez templo,
e até no CTG deu exemplo
como dançador e senhor.
E a companheira altaneira,
Líria Maciel, de presença,
foi ternura e foi crença,
na jornada verdadeira.
Na lida simples caseira,
no conselho e na união,
era estrela e clarão
nas festas e na querência,
guardando a pura essência
da Vila em seu coração.
Foram pares de bailanta,
na dança do facão bravo,
em cada gesto, um cravo,
em cada olhar, esperança.
A vida segue e se espanta
com a marca que ali ficou:
o povo todo escutou
as histórias desse par,
que ajudou a levantar
o lugar que floresceu.
Hoje a Vila os recorda
com respeito e galhardia,
pois na memória se fia
quem foi raiz desta borda.
E o tempo jamais acordasem
dizer de onde se vem:
se o futuro sempre tem
um passado que é feliz,
Darci e Líria, o matiz
da história que nos mantém.
📖 Glossário Gaúcho:
Querência: lugar de origem, terra natal, pedaço de chão amado.
CTG: Centro de Tradições Gaúchas, espaço cultural para cultivar danças, música e costumes gaúchos.
Bugreada: andanças ou viagens pelo interior.
Querencioso: aquele que tem apego ao lugar ou ao lar.
Campeiro: homem do campo, ligado à vida do pampa.
Lida: trabalho do dia a dia, especialmente no campo.
Facão (dança do facão): dança tradicional gaúcha com passos marcados e uso de facões, símbolo de destreza e coragem.
Pago: sinônimo de lugar, terra ou região onde se vive.
Bailanta: baile popular, festa com música e dança tradicional.
Pajada: forma de poesia improvisada ou declamada em versos rimados, típica da tradição gaúcha, geralmente acompanhada de viola ou em duelos de versos.

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