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Um ser andante, caminhando rumo a felicidade


Um ser andante, caminhando rumo a felicidade

Caminhar devagar, tal qual a doce melodia de "Andante-Andante" do icônico grupo Abba, é tempo de permitir que emoções floresçam e envolvam a nossa essência. Quando encontramos um propósito na vida, todos os demais distraem-se e perdem a relevância. É como pairar em pensamentos, acalmar o íntimo e embarcar numa jornada sem rumo traçado, mas com uma missão singular.

O que importa são as experiências vividas, mesmo em meio às incertezas. Seguimos corajosamente em busca dos ideais que nos fazem sorrir e nos fazem verdadeiramente existir. Nos tornamos seres efêmeros, onde quem somos é mais importante do que o que possuímos.

Consiste em vislumbrar a vida através da lente da simplicidade, cativando e influenciando pessoas sem esperar qualquer tipo de reciproca. É cumprir um legado sem nutrir a busca incessante por reconhecimento, e consolidar os valores em que você acredita, focando no que verdadeiramente importa.

Se as palavras de hoje passam desapercebidas, não há razão para alarme, pois amanhã elas certamente serão lidas. Se a nossa mensagem não captura a devida atenção, não nos esforçaremos em vão para transmitir a nossa verdade e ser compreendidos. Desafiamos o próprio tempo, transformando-o em uma força poderosa, que seduz e é seduzida.

Nossos olhos se voltam para o âmago das nossas mentes, movendo pensamentos e concepções que foram esquecidos ou já não encontram seu lugar na realidade coletiva.

Compreender implica mais do que ser compreendido. É retroceder no tempo para resolver pendências, sem guardar ressentimentos, sem sentir dor e sem causar danos. É não sobrecarregar o outro com responsabilidades que são estritamente nossas.

É contemplar o sacrifício de Cristo e compreender a grandiosidade de sua entrega ao se reduzir para se equiparar à pequenez da nossa compreensão e comportamento.

É não se contentar, mas renovar-se para continuar dançando ao ritmo das melodias da natureza. Desde o canto harmônico de um pássaro até a graciosa coleta de néctar por um beija-flor. Desde o erguer da cabeça de uma tartaruga até o movimento suave dos lambaris ou o latido de um cão. A velocidade de um coelho, a agilidade de um esquilo, a cooperação das formigas, a destreza de um lagarto, o mel produzido pelas abelhas, a dança suave das árvores ao sabor do vento, a doçura da pitanga, a acidez do limão.

A vida segue seu curso como deveria, leve, livre, às vezes cambaleante, seja nos relacionamentos humanos, seja no encontro com o divino. Afinal de contas, somos humanos e é natural nos desviarmos para nos encontrar novamente. Seja por meio da leitura, da contemplação ou da prece, a busca é incessante, transformando cada dia em um verdadeiro dia, onde servir é mais relevante do que receber, e a união é mais significativa do que qualquer fator que possa nos afastar. Amar mais, perdoar mais e, acima de tudo, ser mais genuíno. Afinal, o último encontro será consigo mesmo.


Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/


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