
Ao fazermos um pedido, geralmente esperamos recebê-lo. No entanto, muitas vezes não nos damos conta de que o pedido foi atendido.
Isso acontece porque somos insaciáveis em nossos desejos e sempre queremos mais, diminuindo assim a ação de Deus e valorizando, inconscientemente, as artimanhas do encardido.
Nos tempos em que pensar se torna mais exaustivo do que uma maratona, é importante analisarmos quanto tempo dedicamos a pensar em nós mesmos, em nossas ações, nos limites dos nossos desejos, na influência das nossas palavras e de nossos comportamentos cotidianos.
O hábito automático de olhar para o celular, gostar de coisas superficiais e sem profundidade, é característico da presença daquele que nos quer aprisionados, doutrinados por ideias daqueles que desejam nos dominar.
Para o homem comum, só orar muitas vezes não é suficiente para escapar dessas armadilhas bem orquestradas.
É necessário estar atento para não reproduzir tudo que nos é apresentado, afinal, o manipulador é habilidoso e utiliza seu tempo e astúcia para criar manipulações que instantaneamente reproduzimos como se fossem verdades.
A cegueira se generaliza e nos leva a defender aquilo que pouco conhecemos, que geralmente está distante e é influenciado por condições materiais.
Defender algo ou alguém que sequer sabe de nossa existência muitas vezes revela a necessidade do ser humano de se tornar protagonista de uma mudança.
Basta olhar com mais profundidade para perceber como os assuntos mudam constantemente, como os ataques acontecem instantaneamente e terminam com a disseminação de uma nova e astuta provocação, bem elaborada.
Isso geralmente ocorre como resultado de um recorte da informação, sem que tenhamos nos aprofundado nos fatos anteriores e nas fontes de onde jorram a verdade.
Como então seguir a Deus, se o encardido é perspicaz, envolvente e se disfarça como uma pessoa qualquer, muitas vezes estando próximo de nós, ou até mesmo representando instituições religiosas, políticas ou da mídia?
Com certeza, é um grande desafio, mas necessário. Precisamos abrir nossas mentes e enxergar com o coração, como bem sugere Exupéry no livro "O Pequeno Príncipe": "Só enxergamos bem quando olhamos com o coração, afinal o essencial é invisível aos olhos".
Meu convite é para que deixemos Deus guiar nossas ações e rejeitemos o encardido, não como um anjo decaído, mas como algo que está próximo de nós e que precisa ser combatido com conhecimento e oração.
Sejamos os protagonistas dessa batalha.
Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/
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