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🌾 Quando a Memória Vira Poesia: A Saga da Família Sampaio 🌾

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Nos pagos de chão batido, nasceu memória altaneira,

um subdelegado gaúcho, de alma franca e campeira.

Sem soldo, sem recompensa, só coragem no coração,

zelava pela querência, guardião da tradição.


A cavalo ou num chaleirinha, cruzava estradas sem fim,

com cordas, algemas simples, mas firme no seu tirocínio enfim.

Se o destino pregava peça, e o preso fugia ligeiro,

ficava só a lembrança, no riso do povo inteiro.


Entre risotos e vinhos, na mesa de amigo e irmão,

a sanfona puxava um canto, aquecendo cada rincão.

Na casa do casal querido, peixe e prosa eram fartura,

e o calor daquela estância trazia paz e ternura.


Os filhos, qual andorinhas, bateram asas do ninho,

uns buscaram o trabalho no frigorífico, outros alçaram outro caminho.

Do goleiro dos Piriquitos às terras de além-mar,

cada qual levava consigo o orgulho do seu lar.


No CTG e na bocha, era presença constante,

com riso fácil e trote firme, seguia sempre adiante.

Do campo ao perímetro urbano, a vida fez-se mudança,

mas no fundo do coração, mantinha viva a esperança.


Já quase nos noventa, guiava o Santana com calma,

olhar cansado no tempo, mas firme de corpo e alma.

E mesmo na lida tardia, perto dos filhos ficou,

mostrando que quem semeia fé, na colheita encontra o amor.


Assim se escreve a história, da Vila e de sua gente,

com suor, luta e bravura, raiz forte e persistente.

Pois não foi obra do acaso, nem sorte que se construiu,

foi propósito e muitas mãos, que este chão engrandeceu.


Que a memória siga viva, na trova que hoje reviso,

honrando a família Sampaio, herança que eternizo.

E que o vento das coxilhas, levando a voz do cantor,

guarde pra sempre no pago, essa história de valor.

 

 

 

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