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🌿 O Que Resta Quando Tudo Vai?


Viemos com as mãos vazias, e é curioso como, ao longo do caminho, nos inquietamos tanto para enchê-las. Carregamos sonhos, diplomas, promessas, objetos, selfies — como se a existência fosse uma sacola que precisa estar sempre cheia para justificar o trajeto.

Mas antes de tudo, éramos apenas... presença. Um sopro.Um olhar que se abre pro mundo sem precisar possuir nada dele.

Na pressa de conquistar o que não éramos, esquecemos do que sempre fomos. Ser — esse verbo que não exige currículo, saldo ou status. Ser é sentir o vento sem tentar engarrafá-lo. É rir sem motivo. É ouvir uma história e se reconhecer nela.

O "ter" tem seu valor, claro. Ter abrigo, pão, afeto.Mas quando o ter se torna um fim, e não meio, ele pesa. E o que deveria servir à vida, começa a exigi-la em troca.

No entanto, há um momento — para todos — em que a vida gentilmente devolve a pergunta:O que em ti não pode ser levado pelo tempo? É ali que o ser se revela. Na memória que deixamos, no afeto que plantamos, no silêncio que conforta, no gesto que permanece mesmo quando já não estamos.

Viemos sem nada.E ainda assim, éramos tudo. Na partida, levaremos o mesmo nada. Mas se tivermos sido inteiros — mesmo que discretamente — teremos sido tudo outra vez.

 

Um Sonhador, Caminhando com Francisco: Paulo Roberto Savaris é autor de eBooks na Amazon e do Blog Caminhando com Francisco, dedicado à educação, à escrita inspirada na espiritualidade e nos valores de simplicidade e amor ao próximo. https://www.caminhandocomfrancisco.com/

 

 
 
 

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