Desde os primórdios, o homem utilizou o fogo como aliado, uma ferramenta para abrir caminho, limpar áreas e preparar o solo. Mas hoje, diante de um mundo onde a ganância consome o respeito pela natureza, as queimadas tornaram-se símbolos de destruição, e não mais de progresso. O que era uma prática controlada e necessária, agora revela a face sombria de uma humanidade que perdeu sua conexão com o sagrado.
Os governantes, eleitos para proteger o bem comum, têm o dever de agir. Suas mãos devem moldar políticas que protejam a Terra e seus filhos. Contudo, a falta de ação, aliada à impunidade, permite que o fogo se espalhe, destruindo o que é mais precioso: a vida em todas as suas formas.
Mas não são apenas eles. Nós, como sociedade, somos chamados à responsabilidade. A ganância de uns reflete a inércia de muitos. A busca desenfreada pelo lucro imediato, que resulta no desmatamento e nas queimadas, é o reflexo de uma alma que esqueceu sua origem e sua missão. São Francisco de Assis, o guardião da natureza, chora ao ver sua amada ser consumida pelo fogo da ignorância e da ambição.
É hora de despertar! Precisamos agir com urgência, antes que tudo se perca. O meio ambiente não grita apenas em desespero, mas nos convoca a uma mudança de mentalidade. Precisamos, com o coração aberto e a razão afiada, exigir ações concretas, punir os responsáveis e valorizar o que nos sustenta: o nosso planeta.
As queimadas são um sinal. Elas nos lembram de que estamos no limite. Ou mudamos, ou pagaremos o preço por nossa negligência. A Terra, nossa casa comum, depende de cada um de nós. O tempo é agora.
Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/
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