No vasto universo dos nomes, há um que, mesmo sendo tão simples, reverbera com uma grandiosidade divina. Estamos falando de Maria, uma mulher agraciada com a nobre missão de trazer ao mundo aquele que viria a ser o mais importante de todos os tempos.
Diante de um mundo cheio de incertezas e escolhas difíceis, muitas vezes nos encontramos perdidos em nossas próprias angústias, sem saber qual caminho seguir. No entanto, em meio a essa turbulência, temos Maria como nossa guia, alguém em quem podemos nos espelhar para tomar as decisões certas.
Depois de sua partida para o mundo espiritual, Maria se tornou a Senhora de inúmeros nomes, a mediadora que intercede por nós junto a seu filho e ao Pai supremo. Confiamos nossos pedidos a suas mãos, na expectativa de que nossa jornada neste mundo caótico se torne mais leve e que nossas ações deem sentido à nossa breve existência. No meio de uma multidão de pessoas comuns, existe um ser que se destaca, emergindo das águas turvas de um rio, com suas partes meticulosamente reunidas por pescadores de alma generosa. Sua pele negra carrega consigo uma narrativa dolorosa, um símbolo de tempos sombrios repletos de opressão e privações enfrentadas pelos negros em sua incessante busca por liberdade.
Essa figura, que nunca antes havíamos visto, se tornou um hino ambulante de perseverança e resistência. Sua história, entrelaçada como um fio de ouro em um tecido tão áspero, inspira aqueles que têm a sorte de conhecê-la.
Olhos atentos e perspicazes captam sua essência singular, uma essência que desafia as mentes e as faz questionar sobre as injustiças passadas e presentes.
A aparição de Maria foi um raio de esperança para os negros, mesmo que a liberdade formal tenha sido alcançada apenas 150 anos depois. Maria Aparecida personifica a predominância étnica negra no Brasil, no entanto, não é uma figura idolatrada ou uma substituta de Jesus.
Ao contrário, Maria se torna uma aliada na luta por justiça e no esforço para resgatar aqueles que a veem como uma intercessora. Encontramos conforto para nossas dores pessoais em Maria Aparecida, entregando a ela tudo o que nos sufoca e corrompe nesse mundo traiçoeiro.Em uma sociedade cruelmente desigual, onde alguns nadam na abundância enquanto muitos se afogam no sofrimento, a pobreza vai além da falta de comida. É a ausência de educação, cultura e oportunidades, consumindo as vidas daqueles que se perdem e perdem a esperança.
Para aqueles que se proclamam salvadores através de orações e se consideram socialmente conscientes, com sua educação impressionante e conforto social que lhes permite fechar os olhos para a realidade, a pergunta persiste: "Por que essas pessoas estão presas na pobreza? Por que não conseguem encontrar emprego? Por que dependem exclusivamente de programas sociais?"
No entanto, é Maria que derrama suas lágrimas e se torna uma intercessora atrevida, muitas vezes sendo a única esperança para os mais necessitados. Afinal, o tipo de trabalho oferecido geralmente reflete a inação daqueles que têm o poder de escolha.
Maria Aparecida floresce como um encantamento em nosso cotidiano, dedicada também às crianças. Elas são a personificação da inocência primaveril e a esperança para o futuro. Estar conectado à força de Maria nos permite sonhar com um mundo melhor, onde as crianças ocupem seu devido lugar e se fortaleçam nos valores essenciais para pessoas de bom coração.
Nesse sentido, os pais podem conduzir seus filhos, buscando vê-los atingir suas metas e brilhar em prol da vida e de um mundo mais justo e solidário.
Como mãe, Maria deseja apenas o melhor para seu filho. Por isso, devemos reconhecer nessa mãe "negra" a voz da justiça e da igualdade. Que todos possam encontrar esperança e construir suas vidas, unidos e apoiados pelo calor do seu colo, que segurou e embalou o ser mais sublime que já caminhou sobre a Terra.
Pois o desejo mais básico desse ser sublime era apenas um: que nos amássemos uns aos outros, assim como Deus nos amou.
Um Sonhador Caminhando com Francisco
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