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Entre o Silêncio da Maldade e a Força da Bondade

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Há pessoas que parecem carregar no olhar e nas atitudes uma habilidade especial para semear discórdia. São capazes de transformar uma palavra discreta em boato, de arredondar um fato até ele se tornar uma arma, de transformar rivais em alvos, e colegas de trabalho em inimigos. A maldade, quando se veste de falsidade e mesquinharia, tem um poder silencioso: corrói relações, destrói reputações e envenena ambientes onde deveria haver cooperação.

O maldoso, possivelmente, age movido por algo que pode ter muitas origens — insegurança, inveja, dor mal resolvida, desejo de poder. Mas, por pior que seja a origem, a forma permanece a mesma: criar perda no outro para alimentar um vazio próprio. Inventar mentiras para prejudicar um colega é procurar reduzir alguém para elevar-se; é uma tentativa de sobrevivência à custa da dignidade alheia. E quando a “sugestão” se transforma em conselho — “se a pessoa não te ajudar, faça de tudo para prejudicá-la” — a violência deixa de ser apenas ato isolado e vira estratégia deliberada, programada para ferir.

Diante disso, cada pessoa faz uma escolha moral, não somente sobre os outros, mas sobre si mesma. Podemos reagir com a mesma moeda e transformar o confronto em um ciclo interminável de agressões; ou podemos manter um limite ético que preserve nossa humanidade. É aí que ganha força a minha resposta, simples e firme: “Se eu não conseguir ajudar, não ajudo, mas prejudicar um irmão, jamais.”

Essa frase contém duas decisões importantes. A primeira é a honestidade prática: reconhecer limites, admitir quando não é possível ajudar. A humildade de não prometer o que não se pode cumprir é um gesto de responsabilidade. A segunda é a escolha ética: recusar a transformar a frustração em vingança. Tratar o outro como “irmão”, mesmo quando ele erra ou nos machuca, é recusar o espelho da maldade. É dizer que não aceitaremos ser cúmplices da própria queda moral de quem nos cerca.

Por fim, cabe-nos uma reflexão: que tipo de pessoa queremos ser? Alguém que retribui feridas com mais feridas, ou alguém que, apesar das imperfeições, mantém a própria dignidade? Minha resposta diz muito: não ajudar quando não se pode é humano; prejudicar deliberadamente, porém, é abdicar de ser humano. Manter-se solidário na adversidade é um ato de resistência, e é nele que encontramos, verdadeiramente, a nossa melhor força e humanidade.


Professora Clediane – Escritora do Blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/

 
 
 

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