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🕊️ Cegueira Consentida: A Quem Estamos Entregando Nossas Almas?

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Vivemos uma era em que a história não se repete nem como tragédia, nem como farsa — mas como distração. O tempo que antes era dedicado à contemplação, ao diálogo e à escuta, agora se dissolve em fluxos incessantes de informações manipuladas por algoritmos e moldadas por interesses ocultos. A liberdade de expressão ainda existe, sim, mas com asteriscos: você é livre, desde que pense como a maioria — ou como querem que a maioria pense.

O poder, outrora fragmentado entre nações e instituições, hoje habita os cofres digitais das Big Techs. Suas receitas superam os PIBs de países inteiros. Mais que distribuir conteúdo, essas corporações moldam comportamentos, emoções e até mesmo as decisões políticas. O caos não é um acaso: é método. E enquanto o medo cresce, vendem-nos a ilusão da ordem — com bônus e ações em alta.

Durante a pandemia, vozes dissonantes — inclusive de especialistas — foram silenciadas em nome de uma suposta verdade absoluta. E hoje, qualquer um que questione o discurso dominante corre o risco de ser “cancelado”, como se pensar fosse um crime. O julgamento é instantâneo, virtual, implacável. A compaixão, por sua vez, virou fraqueza. A solidariedade, um emoji. A empatia, um algoritmo.

E se Jesus estivesse entre nós? Que diríamos d’Ele nas redes? Talvez fosse acusado de "politicamente incorreto", cancelado por pregar o perdão a quem erra, o amor a quem fere e a compaixão por quem não compreendemos.

Precisamos, com urgência, abrir os olhos e o coração. A idolatria moderna já não se curva diante de estátuas, mas diante de telas. E muitos, convencidos de protagonismo, são apenas peças num jogo silencioso de manipulação.

Como disse Hannah Arendt, “o mal prospera onde a reflexão é interrompida”. E essa interrupção não é feita à força — é consentida. Uma cegueira que escolhemos ao deixar de questionar, ouvir e discernir.

🌱 O que fazer, então?

  • Ver com o coração: mais que enxergar com os olhos, é preciso perceber com sensibilidade.

  • Ouvir com empatia: mesmo quem pensa diferente tem algo a ensinar.

  • Desacelerar: o silêncio é o primeiro passo para escutar a verdade.

  • Dialogar: o outro não é inimigo. É espelho, é caminho, é irmão.

A cegueira só termina quando decidimos ver. E mais que ver, agir. Com amor. Com consciência. Com humanidade.


Um Sonhador, Caminhando com Francisco: Paulo Roberto Savaris é autor dos eBooks: Caminho de Francisco, Entre o Céu e o Silêncio e o Segredo da Simplicidade Franciscana na Amazon Série Descubra Caminhando com Francisco  e do Blog Caminhando com Francisco, dedicado à educação, à escrita inspirada na espiritualidade e nos valores de simplicidade e amor ao próximo.

 
 
 

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