Bondade sem palco: Como viver com autenticidade em meio ao ruído
- caminhandocomfrancisco.com/

- 13 de set.
- 2 min de leitura

Vivemos em um tempo em que o barulho das redes sociais, a manipulação de narrativas e as máscaras sociais parecem cada vez mais evidentes. Pessoas buscam agradar em nome de interesses pessoais, muitas vezes distantes do bem comum. Nesse cenário, surge uma pergunta incômoda: é possível ser bom em plenitude?
O Blog Caminhando com Francisco tem refletido sobre isso com um olhar respeitoso e espirituoso. Não se trata de julgar, mas de constatar: a bondade, quando existe, não é barulhenta, não se impõe e nem precisa de palcos.
A simplicidade do bom e a imposição do mau
Na vida real, é fácil observar a diferença:
Os bons jamais ordenam. Eles aconselham, compartilham e, quando não são escutados, simplesmente se retiram sem rancor. Sabem que impor-se seria uma contradição daquilo que carregam.
Os maus, ao contrário, permanecem onde não são desejados. Dão ordens, exigem obediência e insistem mesmo quando tudo ao redor grita por silêncio.
Quantas vezes já vimos isso acontecer em ambientes de trabalho, em reuniões familiares ou até em comunidades religiosas? Há sempre aquele que chega trazendo paz e aquele que, mesmo sem ser bem-vindo, permanece para marcar território.
A liberdade de escolher o caminho
Ser bom é também ter amor-próprio. Não é insistir em ser compreendido onde não há abertura, mas respeitar a liberdade de escolha de cada um. É seguir o conselho antigo:
“Se entrares em uma casa, deseja a paz. Se não te receberem, retira a paz, sacode a poeira dos pés e segue adiante.”
Isso não é desistência. É maturidade. É compreender que cada tempo tem sua colheita: o passado não garante o presente, e o presente não assegura o futuro.
Exemplos da vida real
Um professor que insiste em ensinar valores éticos, mas ao perceber que seus alunos só querem decorar fórmulas, decide mudar sua abordagem e falar àqueles que realmente desejam ouvir.
Um amigo que sempre aconselha com carinho, mas ao notar que sua palavra é usada contra ele, escolhe o silêncio e o afastamento respeitoso.
Um líder comunitário que tenta unir as pessoas em torno de um ideal coletivo, mas ao ver a manipulação de interesses, entende que não vale a pena brigar por aquilo que não encontra ressonância.
Essas situações não são raras. Estão presentes em nossa rotina, mas nem sempre temos a clareza de vê-las como expressões do contraste entre bondade e imposição.
Reflexão final
No Caminhando com Francisco, aprendemos que bondade não é passividade, mas discernimento. Saber a hora de ficar e a hora de partir. A bondade é livre, não escrava. É paz, não imposição.
E aqui ficam algumas indagações para você que nos lê:
Até que ponto insistir em ser compreendido não é um ato de vaidade?
Será que sabemos realmente desejar paz sem esperar algo em troca?
Como diferenciar amor-próprio de egoísmo, liberdade de fuga, firmeza de imposição?
Talvez ser bom não seja uma plenitude inalcançável, mas um exercício diário de caminhar em paz, mesmo diante das turbulências do mundo.




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