🌾Humildade e Simplicidade🌿
- caminhandocomfrancisco.com/

- 26 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de out.

Costumamos associar a humildade ao comportamento de quem vive à margem das circunstâncias, evitando confrontos e aceitando o mundo como ele é, mesmo quando certas realidades são inaceitáveis. Já a simplicidade é uma arte: a de viver sem complicar, mantendo o coração leve e a mente livre das tentações da sociedade materialista. É a sabedoria de usufruir o essencial, cultivando o que realmente importa para alcançar uma vida plena e significativa.
Viver com humildade e simplicidade é agir com consciência, minimizando o impacto em nossos semelhantes e no meio ambiente, reconhecendo que fazemos parte de um todo. Poucos, porém, são corajosos o bastante para trilhar esse caminho de transformação interior. Ele exige renúncia, desapego e autenticidade, qualidades raras em um mundo que nos bombardeia com estímulos e aparências. A todo instante, somos seduzidos por promessas de felicidade imediata, criadas por uma cultura que transforma desejos em consumo e ideologias em produtos.
Na leveza da humildade, que dispensa o peso do ego, e na simplicidade do cotidiano, o ser humano encontra liberdade. Livre da necessidade de aprovação social, ele caminha em paz, seguindo o compasso da própria consciência. A verdadeira felicidade interior nasce do equilíbrio entre o ser e o ter, entre o silêncio e a ação.
Ser humilde e simples é escolher o essencial: o que alimenta o corpo, a mente e o espírito. É ler o que edifica, comer o que nutre e conviver com quem acrescenta. É uma escolha de sabedoria, não de ignorância — uma sabedoria que se espelha na natureza.
Dormir como os cães, trabalhar a terra como as minhocas, receber o sol e a chuva com gratidão: eis a espiritualidade viva nas pequenas coisas. Somos guiados por fios invisíveis que nos ligam ao Divino, tal como ensinam os mestres da vida simples — Jesus Cristo e Francisco de Assis.
Jesus nos convidou a olhar para os pássaros do céu: não plantam, não colhem, mas sempre têm o necessário. Que saibamos cultivar a humildade dos pássaros, a docilidade dos cães e a sabedoria dos gatos, para não cairmos nas armadilhas da arrogância e do acúmulo material.
A verdadeira riqueza não está no que possuímos, mas no que compartilhamos. Ser humilde e simples é viver com coerência, praticando o bem com naturalidade e servindo sem esperar retorno. Não é sinal de fraqueza, mas de profunda compreensão espiritual.
No fim, tudo o que acumulamos fica aqui. Só permanece o legado de amor, leveza e transformação que deixamos no caminho — o testemunho silencioso de uma alma que escolheu a humildade e a simplicidade como forma de viver e servir.




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