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“A Feiura que o Espelho Não Revela”(Um olhar para a beleza que importa: a da alma)

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Sobre pessoas que têm uma “feiura” que vai além da aparência — aquela que nasce na alma e se revela na personalidade: a verdadeira feiura

Há uma feiura que não se mostra no espelho, os olhos não veem. Ela não depende de traços tortos ou de roupas fora de moda. Essa feiura nasce dentro, no escuro, e vai se espalhando pela alma até tomar conta do jeito de falar, do modo de olhar, do silêncio que pesa.

São pessoas que caminham entre nós com sorrisos falsos e palavras “afiadas”, escondendo intenções venenosas sob uma capa de cordialidade. Suas ações são pequenas, mas constantes — um desprezo aqui, uma mentira ali, uma crueldade disfarçada de brincadeira, até mesmo de uma falsa amizade, agem movidas apenas por interesse. Alimentam-se do sofrimento alheio como se fosse uma forma de manter o próprio ego de pé; não sabem amar sem medir retorno.

A feiura da alma não respeita idade, nem classe social. Ela habita os que não sabem olhar para o outro com empatia, os que usam os sentimentos alheios como ferramentas de controle, guardam mágoas e não sabem perdoar. Está nas atitudes de quem humilha para se sentir grande, de quem manipula para parecer certo, de quem engana com naturalidade e culpa os outros pelas próprias falhas.

Essas pessoas não são apenas difíceis de conviver, são mesquinhas, invejosas, manipuladoras, perigosas... Podem ter rostos belos, corrigir imperfeições, rugas, e usufruir de roupas impecáveis e discursos doces. Todavia tudo se contorce quando a personalidade se revela: o egoísmo salta pelos gestos, a arrogância marca presença na voz, e a ausência de compaixão vira um abismo difícil de ignorar. É uma beleza que se dissolve no convívio, como maquiagem escorrendo na chuva.

E o mais curioso é que, diferente da beleza física, que o tempo leva, a feiura da alma só cresce quando alimentada. Torna-se parte do ser. Até que, um dia, quem ainda enxerga com o coração passa a ver o que o espelho jamais mostrará.

É triste perceber que essa feiura da alma não é tratada com a mesma urgência que tratamos uma espinha no rosto. Ninguém se apressa para mudar um comportamento tóxico, para refletir sobre o próprio egoísmo, para pedir desculpas sinceras ou perdoar. Enquanto isso, seguimos valorizando a superfície, deixando que a aparência encubra personalidades corrosivas.

O mundo não carece de beleza estética. Carece de beleza moral. De beleza de alma, de personalidade. De pessoas que compreendam que ser bonito é, antes de tudo, tratar o outro com respeito, empatia e verdade.

Porque a verdadeira feiura — a que afasta, destrói e empobrece — não está no rosto ou no corpo. Está nas atitudes, na alma, na personalidade e nas escolhas do cotidiano.

 

Professora Clediane A. Wronski – Escritora do https://www.caminhandocomfrancisco.com/

 

 

 
 
 

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