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🌸 Uma história que o tempo não apaga...

Há datas que não cabem num calendário. Permanecem vivas não pelo número que carregam, mas pela marca que deixaram na alma de um povo. E há lugares onde a terra não é feita só de chão e planta, mas de luta, memória e fé.

Era 18 de junho de 1990. A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná respirava o ar solene de um momento que nascia para ser eterno. Aníbal Cury, então presidente da Casa, promulgava a Lei nº 9.300/90, de autoria do Deputado João Batista Arruda, que criava oficialmente o Município de Flor da Serra do Sul.

Eu estava lá. Testemunha entre os que acreditaram que um sonho, quando sustentado por muitas mãos e corações, pode se transformar em chão firme e lar de muitos. Acompanhava esse marco histórico como Secretário da Comissão de Emancipação, ao lado do presidente Derli Alceu Demartini, do empresário Clênio L. Tecchio, e dos vereadores Luiz Carlos Guimarães e Onório Savegnago. Cada um, à sua maneira, carregava no peito o peso e a esperança de um novo tempo.

Sim, a história não se constrói em saltos largos. Ela é feita de tijolinhos. Um a um. Uns invisíveis, outros celebrados, todos necessários. E como bem ecoa o hino de nosso lugar: foi com luta. Mas também com amor. Com fé. Com aquele tipo de entrega que não pede aplauso, só deseja que o bem comum floresça.

Hoje, muitos vivem em Flor da Serra do Sul sem talvez conhecer a travessia que a fundou. E está tudo bem. O tempo tem dessas coisas: apaga nomes, mas não apaga os feitos. Pode até haver quem tente esquecer, por desconhecimento ou descuido, mas a verdade repousa no que foi escrito, registrado, vivido.

Porque um povo sem história é como uma terra sem raízes. Frágil, silenciosa, à mercê do primeiro vento. Já quem conhece sua história caminha com a cabeça erguida, mesmo quando o caminho é tortuoso. Sabe de onde veio, e por isso, sabe para onde ir.

Não é a glória que nos move, essa que tanto se busca em vitrines e palanques. O que realmente conta é a marca silenciosa de quem constrói. Do agricultor que planta esperança. Do empresário que investe em futuro. Da mulher que acolhe e transforma. Do jovem que sonha. Do idoso que guarda a memória. Do analfabeto ao intelectual — todos tecendo o mesmo tecido chamado “comunidade”.

Flor da Serra do Sul é isso: um lugar que floresceu da união, da resistência, da coragem de acreditar quando nada era certo. Hoje, é lar. É chão fértil para quem quer crescer, prosperar, cuidar. Que siga assim: com políticas que alcancem o pobre e sustentem o empreendedor; com ações que não fiquem no papel, mas toquem a vida real das pessoas.

E que nunca falte a empatia. Esse amor em movimento, que o Nazareno ensinou com a vida. Que haja respeito, partilha, compaixão — porque o progresso, sem humanidade, é só cimento.

Que sigamos, então, lembrando e relembrando. Porque a história que o tempo não apaga é aquela escrita com verdade, vivida com propósito e contada com gratidão.

E que nunca nos esqueçamos: caminhar com fé e amor à causa sempre nos leva a algum lugar. Especialmente quando esse lugar tem nome, tem raízes e tem alma.

Flor da Serra do Sul — onde a história floresceu, e o coração permanece.


Paulo Roberto Savaris – De ex-político a sonhador... Hoje, caminha em silêncio com Francisco, guiado pela fé, pela simplicidade e pela esperança.

 
 
 

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