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Semeando amizades: aprenda a cuidar do tempo para florescer laços verdadeiros


É possível compararmos as amizades a um jardim cuidadosamente cultivado, em que cada interação é uma semente plantada. Onde algumas florescem imediatamente, enquanto outras levam mais tempo para germinar. Algumas criam raízes, mudam, crescem, evoluem, e até mesmo se transformam e resistem ao tempo, já outras, não têm resiliência, não resistindo ao tempo e às tempestades das fases difíceis.

Uma verdadeira amizade transcende ao tempo e a distância, as adversidades, os infortúnios, as alegrias e as tristezas. A palavra amizade provém do vocábulo latim amicus (“amigo”) que, por sua vez, deriva do termo amoré (“amar”).

A amizade é um reflexo de nossa capacidade de amar, uma prova de que nosso lado humano foi desenvolvido, de que somos altruístas, generosos e bondosos. Ter amizade é ter a certeza da riqueza que ela acrescenta em nossa vida. Ter plena consciência de que ela é um tesouro precioso, e que muitas vezes oportuniza sentido e significado a nossa existência.

Recordo – me dê um fragmento da crônica de Rubem Alves que menciona Jean-Christofe, em que Romain Rolland descreve a primeira experiência com a amizade do seu herói adolescente. Já conhecera muitas pessoas nos curtos anos de sua vida. Mas o que experimentava naquele momento era diferente de tudo o que já sentira antes.

O encontro acontecera de repente, mas era como se já tivessem sido amigos a vida inteira. A experiência da amizade parece ter suas raízes fora do tempo, na eternidade. Um amigo é alguém com quem estivemos desde sempre.

Pela primeira vez, estando com alguém, não sentia necessidade de falar. Bastava a alegria de estarem juntos, um ao lado do outro. “Christophe voltou sozinho dentro da noite. Seu coração cantava ‘Tenho um amigo, tenho um amigo! ’ Nada via. Nada ouvia. Não pensava em mais nada. Estava morto de sono e adormeceu apenas deitou-se. Mas durante a noite foi acordado duas ou três vezes, como que por uma ideia fixa. Repetia para si mesmo: ‘Tenho um amigo’, e tornava a adormecer. ”

Quantas vezes no decorrer de nossas vidas nos sentimos como Jean-Christofe, emocionados, embriagados pelo sentimento de uma verdadeira amizade. Sentimento esse, conforme já mencionei, nos dá motivos para viver, razão para sorrir, lutar e ser feliz.


Professora Clediane – Escritora do https://www.caminhandocomfrancisco.com/


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