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Resgatando a Essência: O Despertar de Deus em Nós


A essência de Deus transcende o simples ato de escolha, é uma conexão profunda e instantânea que se revela não através do raciocínio, mas sim por uma ação sutil em conformidade com Sua vontade.

Enquanto o livre arbítrio nos concede a capacidade de tomar decisões, impulsionadas pelo pensamento, a presença do Criador permeia ambos os aspectos de maneira inegável. Essa perspectiva é única para cada indivíduo, moldada por experiências de vida e uma compreensão profunda da natureza humana.

No equilíbrio entre a esperança e o desespero, encontramos maneiras de fortalecer nossa ligação com o divino. A atuação de Deus, sendo onisciente, onipresente e onipotente, se manifesta de forma única em cada ser humano, revelando-se ao longo do tempo, onde o amor dita o ritmo.

O constante aprimoramento pessoal nos permite desvendar os intricados enigmas das relações humanas e enxergar de maneira mais clara as disparidades do mundo ao nosso redor.

Ao refletir sobre a desigualdade material, somos levados a questionar se as privações terrenas realmente influenciam nossa jornada eterna, deixando um rastro de incertezas em nosso caminho.

Mas onde está a presença divina nesse complexo jogo de livre arbítrio e escolhas que moldam nosso destino? É inegável que o livre arbítrio encontra limitações diante dos aspectos biológicos que nos definem desde o início, quebrando o conceito de tábula rasa de John Locke.

Por mais que acreditemos que somos donos de nossas escolhas, inevitavelmente uma parte de nós já está predestinada pela nossa essência intrínseca, que se molda com as influências do meio em que estamos inseridos - seja ele social, cultural, econômico, religioso - e pelo conhecimento que adquirimos ao longo da vida.

A neurociência revela como o cérebro evolui e a capacidade plena de tomar decisões só é alcançada por volta dos 20 aos 25 anos de idade.

Diante desse questionamento, surge a ponderação: seria razoável esperar que aqueles que detêm mais poder e riqueza ajam com maior justiça, enquanto os menos afortunados buscam mais oportunidades? E, se sim, por que será que essa essência, divina ou não, não se manifesta de forma mais clara nos corações humanos?

Seria realmente incrível se pudéssemos sentir a presença divina de maneira mais tangível, inspirando aqueles que têm privilégios a praticar a igualdade e incentivando os menos favorecidos a buscar mais oportunidades.

Se houvesse um maior respeito pela ciência, uma abertura à mudança e uma compreensão mais profunda do mundo ao nosso redor.

Se as relações entre os seres humanos fossem baseadas no amor e na comunicação, em vez do ódio e das imposições distorcidas.

Imagine uma sociedade onde o foco fosse o presente, onde viveríamos em paz, sem guerras físicas ou verbais, respeitando todas as etnias, religiões e pontos de vista. Onde as necessidades básicas de todos fossem atendidas e todos agissem em harmonia com uma consciência coletiva.

Os ensinamentos dos estoicos e humanistas nos lembram da importância de buscar o que é benéfico para nosso bem-estar individual, enquanto Jesus nos faz refletir sobre o amor como essência, envolvendo o próximo em uma relação recíproca de bem-estar.

Para aqueles, a imortalidade está na continuidade de nossas características únicas transmitidas aos nossos descendentes ou através do legado que deixamos no mundo, seja por meio de palavras, escritos ou caráter.

No entanto, Jesus apresenta um caminho novo e eterno, além da perpetuação terrena, através da ressurreição, desafiando esses conceitos tradicionais.

Em um mundo cada vez mais conectado pelas redes sociais, o desejo de ser lembrado e perpetuado ganha ainda mais relevância - afinal, queremos deixar uma marca, mesmo que seja temporária em nome de uma eternidade não visível?

Por outro lado, existe uma forma mais puramente ligada à fé de alcançar a eternidade. Construí-la requer respeitar o próximo e permitir a liberdade de pensamento, contribuindo assim para um mundo mais amoroso e harmonioso para todos.

A ideia é construir um legado que vá além de nós mesmos, beneficiando não apenas nossa própria existência, mas também a daqueles ao nosso redor.


Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/

 


 

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