Às vezes, perder é apenas um convite para recomeçar; uma abertura para um novo ciclo, longe dos erros que nos derrubaram antes.
Afinal, nem sempre vencer traz realização; pode, ao contrário, carregar um peso que nos afasta da verdadeira paz. Lágrimas não são exclusivas dos derrotados, mas de quem sente profundamente, de quem viveu o bastante para aprender.
Há vitórias que trazem mais problemas que paz, e derrotas que despertam para o autocuidado e sabedoria.
Quando perdemos, sentimos uma mistura de frustração, tristeza e até desespero. Mas e se cada perda, cada queda, fosse uma chance de nos reconstruir de maneira mais sólida, com bases novas e conscientes? E se fosse o momento de abandonar o que nos fazia mal, de aprender com o passado e se blindar dos mesmos tropeços?
A perda, no fundo, é uma oportunidade de aliança com o tempo – de crescimento, amadurecimento e liberdade. Com ela, Deus talvez nos ofereça um presente: o de nos libertar das ilusões e vícios que acumulamos. Cada derrota pode ser uma vitória silenciosa sobre a própria existência, um chamado à resiliência e à força interior.
Ao nos depararmos com a perda, que tal vermos nela a possibilidade de um novo capítulo, de um renascer mais forte e mais consciente? Será que precisamos sempre voltar ao "jogo", ou seria o verdadeiro triunfo saber a hora de nos retirarmos para preservar nossa paz e nosso amor-próprio?
E se "não retornar" não fosse uma fuga, mas uma escolha consciente de quem aprendeu a valorizar o próprio bem-estar? Afinal, o que vale mais: a insistência em um caminho que fere ou a coragem de deixá-lo para trás, sepultando-o no pretérito?
🙏 Um Sonhador, Caminhando com Francisco
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