Vivemos em uma era onde as bolhas, formadas por influenciadores e ideologias, têm conduzido muitos ao extremismo político, ideológico, religioso, esportivo, e social.
Em um mundo que deveria ser cada vez mais aberto e livre, algumas pessoas preferem se encastelar em suas bolhas, como se a Terra, redonda para a ciência, fosse plana para seus adeptos.
Esses "bolhistas" compartilham características comuns, independentemente da direção em que suas bolhas flutuem.
Eles se deixam levar por paixões repentinas, muitas vezes ligadas a mitos que até os antigos deuses gregos questionariam.
Seus comportamentos são reflexo de frustrações internas, projetadas em inimigos invisíveis, alimentados por ideologias simplistas e polarizadoras.
Os habitantes dessas bolhas não estão confinados a um único espectro social ou econômico. Pelo contrário, muitos são profissionais liberais que, em vez de usar seu conhecimento para discernir o certo do errado, se deixam levar por paixões irracionais.
Nas redes sociais, compartilham tudo que confirma suas crenças, sem filtragem, tornando-se marionetes de influenciadores que misturam verdades e mentiras de forma quase imperceptível.
O extremismo não se limita à política; ele se estende à religião, ao esporte, e a diversas outras áreas. Em um mundo com quase 9 bilhões de pessoas, é absurdo pensar que apenas uma crença ou ideologia seja a correta, enquanto todas as outras estão condenadas ao fracasso ou à danação.
Mas há esperança. A liberdade individual, um presente divino, nos permite escapar dessas bolhas. Jesus nos ensinou a não reter nem a poeira daqueles que não nos recebem bem, e isso inclui nos afastarmos de todo extremismo que aprisiona a mente e o espírito.
Podemos navegar nas redes sociais com paz e discernimento, colocando em modo "soneca" tudo que vem dessas bolhas e libertando-nos de sua influência.
Ao fazer isso, privamos esses influenciadores do que mais desejam: a atenção. Cada clique que deixamos de dar é uma vitória para a nossa liberdade e uma derrota para as estratégias de manipulação.
Ser um "tolo consciente", que recusa seguir as regras das bolhas, é muito melhor do que ser um "tolo manipulado", que age sem pensar, promovendo ideologias tortuosas e questionáveis.
É hora de escolher o bom senso e o respeito, em vez do extremismo. Assim, poderemos caminhar em terra boa, que produz frutos quando cultivada com sabedoria e equilíbrio, deixando de lado os pântanos ideológicos que apenas enriquecem uns poucos às custas da alienação de muitos.
Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/
Comments