O oratório em minha casa é mais do que um simples espaço; ele carrega a história da minha fé e da minha família.
Ao acender uma vela, sinto que não estou apenas iluminando o ambiente físico, mas também a alma daqueles que vivem sob este teto. Ali, entre as imagens de Nossa Senhora Aparecida e Fátima, São Francisco e a Sagrada Família, encontro serenidade e renovo meu espírito. Cada figura tem um lugar especial no meu coração e na nossa jornada familiar.
Nossa Senhora Aparecida, com seu manto protetor, me recorda que nas adversidades encontramos a força que nos sustenta e nos faz perseverar. Já Nossa Senhora de Fátima, com seu apelo à oração do terço, me convida a buscar a paz interior, um silêncio orante que acalma até as tempestades da alma. São Francisco, com seu jeito despojado, me ensina que a verdadeira riqueza está na simplicidade e no cuidado com a criação e com aqueles que cruzam nosso caminho. E a Sagrada Família, exemplo maior de amor e união, inspira cada gesto de carinho e solidariedade dentro de nosso lar. A chama da vela, que brilha suave e constante, é como essa luz espiritual que, mesmo nos dias mais escuros, jamais se apaga — ela nos aquece, nos guia e ilumina o caminho.
Nos encontros diários que tenho ali, naquele espaço sagrado, elevo minhas orações por cada membro da minha família e pelo mundo, clamando por proteção, paz e sabedoria. A cada página do livro sagrado que rolo com as mãos, encontro palavras de direção que me guiam para o que realmente importa. Elas me mostram o caminho do essencial — sem excessos, mas com profundidade. O "mais" se transforma em "menos", sem perder o que é verdadeiramente valioso, pois é a centelha divina que vive em nós que ilumina essa jornada.
É um momento de conexão com o divino e de reflexão sobre minha própria jornada, onde busco serenidade e propósito. Este espaço, que parece tão simples, carrega em si a profundidade das gerações passadas e a esperança de um futuro guiado pela fé.
Que o oratório da minha casa siga sendo esse refúgio silencioso, onde a paz e a gratidão se encontram em cada oração. Ali, entre velas e santos e o livro sagrado a tradição da nossa fé pulsa viva, como um convite a todos que por ali passam a sentirem essa força transformadora. Que ele seja um lembrete de que a fé, quando verdadeiramente vivida, faz nossa jornada mais leve, mais tranquila. Ao deixar o passado em seu lugar, abrimos espaço para olhar o futuro com os olhos da humildade e da possibilidade. E, no presente, vivemos em harmonia com os valores que acreditamos, guiados por essa força maior que, com reverência, chamamos de Deus.
Um Sonhador Caminhando com Francisco
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