Tenho adiado esse texto há algum tempo porque não sabia como começar. São tantos temas, tantos assuntos, tantas coisas que posso escrever... É preciso uma cabeça boa para escrever algo depois de tanto tempo sem praticar! Pensando bem, nada melhor do que compartilhar minha experiência com a fé e a leitura.
Por muitos anos, a leitura foi um "escape" dos meus dias nublados e escuros. Nas páginas dos livros, eu visitava mundos de aventuras, sonhava com monstros e heróis, mergulhava em histórias e fábulas. Ficava encantada com os heróis e suas façanhas. Entre nós, eu também amava os vilões. Adorava Monteiro Lobato e sonhava em conversar com Emília, a boneca falante, brincar com Narizinho e aprontar junto com Pedrinho. Confesso que eu seria um tanto medrosa como Rabicó, mas adoraria ouvir o Visconde de Sabugosa com seu imenso conhecimento e inteligência admirável.
Minha relação com a fé não era muito diferente. A fé me ajudava a ver um mundo melhor quando me sentia nos piores dias, era o que me confortava e me fazia sentir amada e importante. Sempre sonhava em ter a fé de alguns personagens bíblicos ou até mesmo a "paciência de Jó". Hoje, ao refletir sobre a "paciência de Jó", vejo que não se trata apenas de paciência, mas também de perseverança e fé. Coisas essenciais para a humanidade, que hoje se encontra em decadência, não apenas pela desigualdade social absurda, mas também pela falta de decência, humildade, caráter e empatia, que estão se tornando raros.
Andrieli Carol dos Santos Vier - Acadêmica de Pedagogia
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