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Entre a Terra e o Céu

Foto do escritor: caminhandocomfrancisco.com/ caminhandocomfrancisco.com/



Entre a Terra e o Céu, há um limite que se estende entre a razão e o espírito humano. Quanto mais ancorados às coisas materiais, mais próximos da Terra permaneceremos. No entanto, à medida que evoluímos, nos aproximamos cada vez mais do reino celestial. A questão crucial é: como encontrar um equilíbrio saudável? É preciso nos dimensionar e compreender que não somos como uma Ferrari, que corre a 300 km/h em solo firme, nem como um supersônico, que voa em altitudes celestes.

Quando éramos crianças, o céu era onde vivíamos, porque a simplicidade nos encantava. Um brinquedo novo, um abraço, um sorriso ou uma historinha eram razões suficientes para sorrir. Contudo, ao passar pela pré-adolescência e adolescência, mergulhamos em um tempo complexo, cheio de incertezas, compromissos e necessidades que muitas vezes são supérfluas. Na vida adulta, precisamos provar nosso valor, mostrando que viemos ao mundo para fazer a diferença, nem sempre em benefício próprio.

Envelhecendo, algumas coisas que antes pareciam relevantes perdem a importância, o tempo fica escasso. As opiniões dos outros e a beleza externa desaparecem em detrimento de coisas mais significativas. As distâncias encurtam, flutuamos em um nível que nos aproxima do céu, e o poder e o dinheiro perdem importância - eventualmente sendo deixados para aqueles que nos sucedem.

Entre a Terra e o Céu, há também uma Terra da Razão, que muitas vezes nos sufoca e exige mais do que podemos dar. Quantos neurônios desperdiçamos com devaneios, briguinhas e conquistas jogadas ao vento? Quantas palavras desnecessárias, amizades perdidas por picuinhas insignificantes, abraços não dados, orações não dirigidas e agradecimentos não mencionados?

Do outro lado, há um Céu de Espírito, onde depositamos nossa esperança e deixamos o materialismo para trás. Aos 70, 80 ou 100 anos, a ideia da eternidade se aproxima, e a esperança torna-se um bem precioso. Se vivemos conforme os fardos impostos pelo mundo material, sobrevivendo aos bons e maus momentos, então estamos prontos para alçar novos voos em direção a esse Céu. Não sabemos quanto tempo nos resta, mas podemos nos preparar para a transição deixando nosso espírito puro e limpo, e cultivando os valores que serão recompensados na vida eterna.

Para suportar a dicotomia entre a Terra e o Céu, precisamos de menos complexidade e mais encantamento. Só assim poderemos nos colocar no limiar que separa a Terra do Céu, colhendo o que plantamos em vida e sendo recompensados pelo nosso esforço. É hora de reconhecermos que entre a Terra e o Céu há uma simplicidade encantadora e uma complexidade desnecessária. A escolha é nossa.


Um sonhador caminhando com Francisco



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