Deus, o grande mestre da criatividade, está imbuído em todas as coisas e em cada um de nós. Ele é simultaneamente onipresente e misteriosamente distante, pois sua habitação reside profundamente em nossos corações. No entanto, lamentavelmente, tendemos a seguir mais frequentemente as diretrizes da mente em vez dos sussurros do coração.
Mas por que sucumbimos a essa armadilha? A resposta é simples: a mente é cativa do mundo, constantemente influenciada pelo sucesso e pela necessidade de agradar a todos. Por outro lado, a porta de acesso ao coração é guardada pela consciência, ligada a ele por sutis fios de delicadeza, exigindo uma fervorosa determinação para alcançá-lo. Afinal, o combustível que impulsiona essa jornada é invisível e atende pelo nome de Amor, ou mais grandiosamente, DEUS.
Estar verdadeiramente abertos a essa fluidez é o primeiro passo para nos deixarmos envolver por uma força grandiosa que se instala nas mentes que se aprofundam na espiritualidade e permanecem atentas aos sinais que nos permitem interpretar de maneira mais abrangente e contextual, separando os tempos e incorporando apenas o que é essencial para seguirmos em equilíbrio, sem arroubos de imposição, mas sim de construção mútua.
Colocar-se como um ouvinte de Deus é uma prática desafiadora e poucos conseguem se sintonizar de forma produtiva e literalmente mergulhar nessa criatividade que abrange tudo.
Se observarmos nossas vidas e o que realizamos, torna-se fácil compreender que há uma simbiose conectiva com um ser superior que nos impulsiona em direção às transformações que tanto desejamos, seja no âmbito das relações, do espiritual ou mesmo do material.
Ao mergulharmos nessa teia divina, somos despertados para a intrincada conexão entre tudo que nos rodeia. A cada movimento, sentimos a suave orientação de uma mão invisível, que nos guia com amor e nos possibilita compreender que nossos passos se entrelaçam em uma dança a dois, em perfeita harmonia, regida por uma orquestra multifacetada de seres angelicais e elementos naturais (flora, fauna, ar, água...). É essa harmonização que nos permite desfrutar plenamente de cada instante em nossa existência terrena.
Ser criativo é se espelhar no Criador, com sua singular criatividade, permitindo-nos buscar nele o poder de nos tornarmos agentes de transformações nos ambientes em que vivemos.
Que nossa criatividade seja sempre direcionada para melhorar a vida do planeta e que vivamos com mente aberta, evitando que nossas ideias, inicialmente bem-intencionadas, acabem se tornando uma catástrofe no final de nossas vidas. Exemplos disso são Santos Dumont, que viu sua invenção ser usada para fins bélicos, e Oppenheimer, cuja criação destruiu Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial.
Que nossas criações gerem vidas e inspirem novos pensamentos que nos incluam, mas principalmente incluam toda a humanidade, trabalhando juntos para construir um ideal de amor, paz e perdão, valores frequentemente mencionados por Jesus ao longo de sua vida pública e registrados de forma magnífica no maior livro de todos.
Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/
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