Coragem é a capacidade de agir apesar do medo, do temor e da intimidação. Assim, é perceptível, que coragem não significa a ausência do medo, e sim a ação apesar deste.
O contrário da coragem é tida normalmente como covardia. O homem sem temor motiva-se a ir mais além. Ademais, coragem é a firmeza de espírito para enfrentar situação emocional ou moralmente difícil, e tem sua etimologia no latim *coraticum (cor + -atĭcum): associação entre a palavra latina cor, que tem como um dos significados a palavra coração, e o sufixo também latino -atĭcum, que é usado para indicar a ação da palavra que o precede. Portanto, coragem quer dizer “agir com o coração”.
Nesse contexto, agir com o coração nem sempre é tarefa fácil, uma vez que, os limites entre a razão e a emoção são muito estreitos, próximos. Agir com a razão é pensar no futuro, nas possíveis consequências de uma decisão, enfim, agir com cautela e precaução. Já agir com a emoção, pode comprometer a qualidade de nossas atitudes, partindo do pressuposto que nem sempre há uma análise de todas as possibilidades. Sendo assim, agir pela emoção na vida pessoal e profissional, sem reavaliar e repensar pode ser um erro crucial.
Estamos inseridos num contexto em que é necessária muita coragem. Coragem para continuar lutando, coragem para recomeçar, coragem para traçar novas metas, enfim, para continuar na busca dos sonhos e objetivos...
Conforme apresenta Brené Brown em seu livro “A coragem de ser imperfeito”, aceitarmos nossa própria vulnerabilidade, vencermos nossos medos, nossa timidez e ousarmos sermos quem realmente somos, certamente são atitudes de experimentarmos incertezas, riscos e nos expormos emocionalmente.
E essa autora nos mostra, que tudo isso não é uma questão de ser frágil, vulnerável, de fraqueza, todavia a melhor definição de coragem.
De acordo com Brown “quando fugimos de emoções como medo, mágoa e decepção, também nos fechamos para o amor, a aceitação e a criatividade.
Por isso, as pessoas que se defendem a todo custo do erro e do fracasso acabam se frustrando e se distanciando das experiências marcantes que dão significado à vida”. Enquanto que, as pessoas que se abrem ao novo, se desafiam tornam-se, geralmente, mais autênticas, criativas e realizadas, ainda que, às vezes sejam alvos de críticas e de inveja. No intuito de se ter uma vida plena, é necessário lidar com os dois lados da moeda.
Por meio dessa obra de Brené, supramencionada, é possível ter acesso a estratégias de como vencer a vergonha e como nos desafiarmos a mudar a maneira como vivemos e nos relacionamos.
E vencendo a timidez, o medo e outros fantasmas psíquicos que nos impedem de vivermos com ousadia, temos condições de nos entregarmos à vida em sua plenitude.
Ao fugirmos de emoções como medo, mágoa e decepção, conforme já frisei também nos fechamos para o amor, aceitação e a criatividade. Portanto, é preciso sempre, coragem!
Professora Clediane - Escritora do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/
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