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Da Ascensão - recessão a redenção: Uma jornada de descobertas e amadurecimento

Atualizado: 30 de jul. de 2023


Da Ascensão - recessão a redenção: Uma jornada de descobertas e amadurecimento

A vida é um labirinto de nuances, reservado apenas para as mentes mais despertas. Desde o momento em que nascemos, nos tornamos o encanto de nossos pais, familiares e amigos. Nossa jornada começa com passos trôpegos e engasgos, onde experimentamos o nosso próprio encantamento. Os anos da infância são repletos de inocência, brincadeiras e um mundo sem preconceitos.

No entanto, à medida que passamos pela pré-adolescência e adolescência, somos atingidos pela revolução hormonal que nos abala profundamente. É um período de transformações intensas, onde começamos a nos descobrir como seres sociais e a dar os primeiros passos para alcançar nossas aspirações familiares e profissionais. Nessa fase, a busca pelo conhecimento se torna uma peça-chave para definição de nosso futuro e determinar os resultados que almejamos alcançar.

Na vida adulta, somos moldados pelo que plantamos durante os estágios anteriores de nossa existência. Se fomos crianças encantadoras, que se divertiram e aprenderam o verdadeiro valor da educação, e se fomos pré-adolescentes e adolescentes responsáveis e equilibrados em nossas atitudes, é provável que nos tornemos adultos igualmente equilibrados, sem dívidas pendentes com o passado que possam afetar nosso presente.

Esta jornada não é igual para todos. Muitos podem ter agido irresponsavelmente em relação aos ideais que traçam para si no presente, mas é através da capacidade de introspecção e da busca pela construção pessoal que, muitas vezes, encontrada na espiritualidade, amizades, experiências e autoconhecimento, entre outras possibilidades de renovação, que encontram um novo propósito em suas vidas, desmentindo o ditado popular de que 'pau que nasce torto, morre torto'. Sabemos que, em todo caminho evolutivo, enfrentamos obstáculos e trilhamos diferentes caminhos, seguindo sempre a escolha pessoal de cada indivíduo.

Acredite, essa jornada não é fácil. Mas, à medida que seguimos adiante, percebemos que cada obstáculo superado se torna um degrau para nossa ascensão. Cada queda nos ensina a levantar com mais força, cada desafio molda nossa resiliência e cada decepção nos torna mais sábios.

Após um pequeno período de encantamento inicial e um longo período de fascínio pela complexidade da vida encontramos um novo significado, onde, passamos a viver em plenitude, pois o passado está mais distante do que o futuro definitivo. OSHO, um guru indiano, resumiu bem essa transição, afirmando que a infância é um período de encantamento, onde tudo brilha aos nossos olhos, o simples possui magnitude e a verdade é vivida e expressada plenamente. Nas demais fases, até a velhice, ele coloca como um momento de complexidade, pois somos sobrecarregados por exigências, 'faça isso, faça aquilo, compre isso, compre aquilo, aprenda isso, aprenda aquilo...' e vamos acumulando fardos em nossas costas, muitas vezes sem sentido, apenas para atender à necessidade de mostrarmos que somos bem-sucedidos como seres sociais, mesmo que interiormente estejamos como na música 'Ditado da Vovó' dos 3 Xirus, 'por fora tudo bonito, por dentro puro trapo e nó'.

Já na fase final, quando alcançarmos a redenção passamos a viver um período de sabedoria e leveza, onde os fardos do passado começam a ser descarregados. Alguns ficam à beira do caminho, outros se perdem na memória pela falta de necessidade de serem lembrados e alguns conscientemente são relegados a um plano secundário, servindo como referência para não repetirmos os mesmos erros, já que a vida logo se encerrará.

Por fim, se caminharmos em harmonia com nossas escolhas e equilibrados (fisicamente, nutricionalmente, espiritualmente, intelectualmente...), poderemos encarar o fim com uma certa felicidade frente às expectativas da posteridade, pois mesmo conscientes de que a morte é o ponto final de nossa experiência terrena, dificilmente conseguimos compreender e, muito menos, estamos dispostos a pagar o preço para encontrá-la. Já que a incerteza é certa nessa fase, cabe a nós decidir o que faremos com os nossos dias: viver plenamente, mesmo que de forma simples, ou nos embriagarmos com as vaidades que o mundo nos impõe. A pergunta a ser respondida, parafraseando Cortella, é: qual é a sua obra, qual será o seu legado para fazer parte de seu epitáfio?

Reflitamos! Agora é o momento de focalizar no que realmente importa: em qual fase nos encontramos." Portanto, sigamos em frente, com coragem e determinação, sabendo que cada passo dado é uma oportunidade de crescimento e superação.

Paulo Roberto Savaris

Prefeito de FSS (1997-2000 e 2009 -2012)

Professor aposentado e Blogueiro Caminhando com Francisco




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