A essência da vida se alimenta através do amor. É nele que nos nutrimos para crescer como seres humanos, seres sonhadores, realizadores e expressivos. Em uma era de superficialidade e da linguagem dos efeitos especiais, nem sempre conseguimos transmitir integralmente nossa intenção. A verdadeira verbalização é rara, substituída por uma sentimentalização virtual (vídeos, imagens, frases...).
A manipulação ocorre através do uso das tecnologias, disfarçadas de oportunidades maliciosas para enganar e atrair seguidores. Afinal, hoje em dia, o valor que você possui é medido pelas curtidas que recebe.
Falar do amor sem preconceito é praticamente impossível, pois as palavras são orquestradas como sinfonias agradáveis, mas artificiais. As expressões faciais são modificadas para padronizar-se e serem consumidas enquanto mergulhamos em devaneios internos, ansiando por nos assemelharmos ao criador.
A expressão do amor é algo profundamente significativo e universalmente importante, embora seja compreendido de diversas maneiras: seja o amor philia (filial), o amor eros (romântico), ou o amor supremo, conhecido como ágape, que envolve nosso amor por Deus.
O verdadeiro desafio está em como vivenciar o amor de forma autêntica, já que a expressão se tornou fácil demais, tanto à distância quanto na proximidade. Acredito que seria benéfico desvincularmos um pouco a ideia do amor e adotarmos uma abordagem mais dinâmica, baseada em abraços de empatia e ações humanas verdadeiras, que se espelham na regra de ouro de "amar ao próximo como a si mesmo".
Amar é ser uma rocha, como Pedro foi quando Jesus o questionou repetidas vezes. "Tu me amas?" Sua resposta, quase exausta e cheia de tristeza diante da dúvida do interrogador divino, foi um choroso sim. Amo mais do que minha própria vida, afinal, tu és o messias.
Embora nós saibamos que Pedro o traiu mais tarde, três vezes, essa é uma questão que foi absolvida por sua dedicação em levar adiante a maior expressão de amor que esse ser milenar deixou como legado: dar a vida em amor ao próximo.
Isso é um símbolo de que a virtualidade não apaga o amor que é exalado e professado por meio de ações e atitudes simples, nos corações que pulsam verdadeiramente.
Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/
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