top of page
Foto do escritorcaminhandocomfrancisco.com/

A suavidade da comunicação: O Néctar da Empatia no Diálogo


Em um mundo onde a palavra pode tanto encantar quanto amedrontar, ser dócil se torna uma virtude comportamental com uma conotação profundamente espiritual.

Dialogar com precisão e alcançar os corações parece uma tarefa quase impossível sem um grupo de ouvintes que compartilham da mesma sintonia.

A verborragia da palavra forte e contundente frequentemente atropela a docilidade, dando espaço a falastrões e suas falácias.

Suas palavras ressoam nas mentes dos receptores, acomodando-se em modelos de pensamento que, muitas vezes, não provocam reflexões profundas, mas sim uma concordância cega, ajustada pela afinidade.

Nesses discursos, as expressões verbais e corporais se sobrepõem ao conteúdo, tornando a mensagem irrelevante, desde que esta satisfaça o que o receptor deseja ouvir.

É como uma conversa de boteco, onde discussões acaloradas terminam com abraços de paz e promessas de novos encontros.

Por outro lado, no mundo das palavras dóceis, o ambiente é completamente diferente. Tudo gira em torno da forma, do conteúdo e da profundidade.

O emissor fala com doçura, pensa nas palavras, cuida dos gestos e emite mensagens que reverberam na mente e alcançam o coração.

Nesse contexto, pode não haver concordância total entre o emissor e o receptor, mas há respeito e a certeza de que a mensagem é verdadeira, sem alienar, apenas incitando à reflexão.

Se a primeira abordagem, marcada pela falácia, é característica de políticos e líderes que detêm o poder, a segunda está mais restrita ao mundo do pensar e da espiritualidade.

A realidade é amarga: a falácia parece conectar-se mais facilmente com as pessoas, enquanto a profundidade dócil enfrenta resistência.

A falácia se acomoda na superficialidade, enquanto a profundidade dócil exige reflexão e transformação.

A realidade nos confronta com a escolha: quem eu sou? Minha comunicação reflete a doçura e a empatia, ou simplesmente sigo o fluxo dos discursos que me alienam, sem mergulhar na essência da realidade?

Podemos nos inspirar nas parábolas de Jesus, que, apesar de sua firmeza, nunca perderam a sutileza da empatia, sempre conduzindo ao amor.


Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page