O ser humano está em uma constante jornada de construção — seja ela social, psicológica, intelectual ou espiritual. Neste caminho, torna-se inevitável a paixão pelo conhecimento, pelo estudo, pela leitura e pela reflexão. Embora possa parecer um clichê afirmar que o conhecimento é vital, essa verdade é irrefutável.
A palavra "conhecimento" vem do latim, de "cognoscere", que significa o ato de conhecer. No contexto grego, ele se desdobra em conceitos como gnosis, techne e episteme, que moldam diferentes formas de saber. Curiosamente, no cotidiano, costumamos confundir conhecimento com mera informação, quando, na realidade, o conhecimento é muito mais do que o acúmulo de dados: é uma construção racional e experiencial que, ao longo do tempo, se transforma em sabedoria.
Ninguém ama aquilo que desconhece, certo, caro(a) leitor(a)? O amor pelo saber nos impulsiona a desvendar o mundo e nos convida a refletir sobre nossos próprios paradigmas. Porém, vale a pena nos perguntarmos: estamos realmente ampliando nosso conhecimento ou nos limitando às superficialidades que as redes sociais e a tecnologia muitas vezes nos oferecem? Ao gastar horas em TikTok, Facebook ou Instagram, e delegar nossas reflexões a ferramentas como ChatGPT e Gemini, corremos o risco de viver na ilusão de saber sem, de fato, conhecê-lo profundamente.
Imagine a situação de um velho sábio abordado por dois jovens com um passarinho na mão. Eles perguntam: “Este passarinho está vivo ou morto?” E o sábio responde: “Depende de você!”. Assim é o nosso conhecimento — ele depende inteiramente de nós, de nossas escolhas, de nossa dedicação à leitura, à escrita, ao pensamento crítico e à reflexão.
Como sabiamente disse Mário de Andrade: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.” Minha alma, no entanto, tem pressa de conteúdos, de sabedoria, de essência.
Engana-se quem acredita que, ao andar com cinco gênios, automaticamente se tornará o sexto. O verdadeiro conhecimento é fruto de experiências, de leituras, de análises profundas, de reflexão e, acima de tudo, de esforço e dedicação. Como disse Rubem Alves, "há coisas que só podem acontecer de dentro para fora".
E o papel do professor? Ah, essa é uma reflexão para outro momento.
Professora Clediane – Escritora do Blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/
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