Na Vila do Povo Feliz, a essência da identidade se revela fundamental. Em um mundo em constante transformação, onde a localização geográfica perde importância, manter-se fiel às raízes históricas é um privilégio para poucos.
Quando nos identificamos com aquilo que nos move, enraizados em nossos valores e naquilo que define nossa jornada, percebemos que o alicerce de nossa origem é o que verdadeiramente nos conecta a pessoas e lugares.
É fascinante observar como muitos habitantes de um lugar não têm ligação emocional com ele, simplesmente passando pelo tempo sem deixar marcas significativas. Por outro lado, há aqueles que, mesmo distantes, mantêm uma profunda conexão com o local que um dia chamaram de lar, transcendendo a busca por sucesso profissional e material.
Nas relações entre amigos e grupos que nutrem amor por um lugar, mesmo à distância, surge à reflexão sobre a verdadeira essência desse sentimento. A empatia genuína nos remete a tempos mais simples, marcados pelo carinho, afeto e diálogos próximos, transformando cada ser humano em alguém encantador.
Ao relembrar as memórias da Vila do Povo Feliz, encontro pequenos momentos de pura felicidade: os passeios dominicais, os jogos de futebol, os sorvetes no bar do Adolfo, as partidas de sinuca no bar do Pasqualotto, as danças ao som de músicas nostálgicas. Esses breves momentos de encanto, que nos embalaram até os 15 anos, nos conectando ao que é autêntico e significativo.
Valorizar a história, reencontrar amigos e enfrentar estradas desconhecidas representam a manifestação do amor incondicional, fazendo-nos refletir sobre a transitoriedade da vida e o que realmente importa.
Nesta narrativa singela, presto minha homenagem a Kelen e Jussimara (Preta do Adolfo), por manterem viva a esperança de que o mais importante está em nós mesmos, no amor que demonstramos por pessoas e lugares, construindo um legado que perdura no tempo.
Hoje, mais do que nunca, agradeço por essa essência que emana perfume de flores, transformando-nos em seres contemplativos e fluídos, capazes de amar de forma desprendida e genuína.
Que as estrelas verdes, que brilham em nossos corações, continuem a nos guiar nessa jornada, onde nosso lugar especial se torna uma extensão de nossa família e o amor é a essência que nutre nossa alma.
Um Sonhador Caminhando com Francisco - Escritor do blog https://www.caminhandocomfrancisco.com/
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